Muralha de Adriano

A Muralha de Adriano localiza-se no norte da Inglaterra, na altura aproximada da atual fronteira com a Escócia. É assim denominada em homenagem ao Imperador Públio Élio Trajano Adriano.
O Império Romano encontrava-se em expansão militar no século II. Porém, o imperador Adriano compreendeu que a manutenção dessa expansão em todas as direções do Império era inviável. Conhecendo a ameaça naquela fronteira, optou por manter o que já havia sido conquistado. Determinou assim iniciar uma muralha, estrutura defensiva com a função de prevenir as surtidas militares das tribos que habitavam a Escócia - os Pictos e os Escotos (denominados de Caledônios pelos romanos) -, e que assinalava o limite ocidental dos domínios do Império, sob o reinado daquele imperador.
Concluída em 126, constitui-se na mais extensa estrutura deste tipo construída na história do Império Romano. Originalmente estendia-se por cerca de 80 milhas romanas, equivalentes a 73,5 milhas (cerca de 118 quilômetros), desde o rio Tyne até ao Oeste da Cúmbria. Para a construção foi empregada a mão-de-obra dos próprios soldados das legiões romanas. Cada "centúria" era obrigada a levantar a sua parte da muralha.
A muralha foi erguida sobre a terra, em aparelho maciço de pedra e turfa, com 4,5 metros de altura por 2,5 metros de largura. O seu topo era percorrido por uma estrada de 1 metro de largura, com o fim de facilitar as comunicações e os transportes. A cada distância determinada havia uma torre de observação, e a cada distância maior existiam quartéis para as tropas de guarnição.
Vários quilômetros de suas ruínas ainda podem ser vistas, como o troço na altura de Greenhead, ainda que largas secções tenham sido desmanteladas ao longo dos séculos para aproveitamento da pedra em várias edificações vizinhas ao seu percurso, como a da Igreja de Carlisle.

(Fonte Wikipédia)

E o que é que isto tem a ver com este blogue? NADA

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

O Espião de D. João II de Deana Barroqueiro

Eis a prova que se pode escrever um bom romance histórico em português e com qualidade. Na minha opinião um dos melhores livros que li nos últimos meses.





O formidável Espião de D. João II possuía qualidades e talentos comparáveis aos de um James Bond e Indiana Jones, reunidos num só homem. A memória fotográfica, uma capacidade espantosa para aprender línguas, a arte do disfarce para assumir as mais diversas identidades, a mestria no manejo de todas as armas do seu tempo e, sobretudo, uma imensa coragem e espírito de sacrifício, aliados ao culto cavaleiresco da mulher e do amor que o fascinavam, fazem dele uma personagem histórica única e inspiradora.
El-rei D. João II escolhia-o para as missões mais secretas, certo que qualquer outro falharia. Talvez esse secretismo seja a razão do seu nome de família e do seu rosto terem ficado, para sempre, na penumbra.
Em 1487, Pêro da Covilhã foi enviado de Portugal, ao mesmo tempo que Bartolomeu Dias, a descobrir por terra, aquilo que o navegador ia demandar por mar: uma rota para as especiarias da Índia e notícias do encoberto Preste João.
Ao espião esperava-o uma longa peregrinação de cerca de seis anos pelas regiões do Mar Vermelho e costas do Índico até Calecut e, também, pela Pérsia, África Oriental, Arábia e Etiópia, descobrindo povos e culturas em lugares hostis, cujos costumes lhe eram completamente estranhos. Na pele de um enigmático mercador do Al-Andalus, o Escudeiro-guerreiro do Príncipe Perfeito realizou proezas admiráveis que causaram espanto no mundo do seu tempo.
Neste romance fascinante, Deana Barroqueiro convida-nos a seguir o trilho de Pêro da Covilhã na sua fabulosa odisseia recheada de aventuras, amores, conquistas e descobertas inolvidáveis…


Para aqueles que nunca ouviram falar de Pêro da Covilhã:

Pêro da Covilhã (Covilhã, 1450? — Etiópia, 1530?) foi um diplomata e explorador português.
Com cerca de 18 anos, a sua desenvoltura cativa um espanhol que visitava a Covilhã para comprar tecidos que o convida a servir o seu amo, D. Juan de Guzman, irmão do Duque de Medina-Sidónia, um dos mais conceituados fidalgos de Sevilha; Pêro aceita a proposta e parte para Sevilha onde lhe é atribuído o papel de espadachim. Impressionado com a desenvoltura de Pêro de Covilhã, convida-o D. Juan de Gusman a participar nas embarcações do seu irmão, o Duque conhecido também como o Pirata Espanhol; Pêro recusa a oferta e, em 1474, acompanha D. Juan a Lisboa a uma entrevista com Afonso V de Portugal.
D. Afonso simpatiza com Pêro também pelo seu domínio de línguas, nomeadamente a língua árabe e D. Juan cede a el-Rei os serviços do português. É assim que Pêro da Covilhã, aos seus 24 anos, é admitido como moço de esporas de D. Afonso V. Passado pouco tempo, decide el-Rei elevá-lo a escudeiro, com direito a armas e cavalo.
Em 1476 acompanha D. Afonso V na batalha de Toro, a tentativa fracassada de D. João de reclamar o trono de Castela, já que era cunhado de Henrique IV de Castela. Mais tarde, em iria acompanhar D. Afonso na jornada a França para pedir auxílio ao rei Luís XI de França na luta pelo trono de Castela, que seria rejeitado. Entretanto, D. Afonso abdica do trono, para D. João II.
Após a execução do Duque de Bragança pelas próprias mãos do rei, Pêro da Covilhã foi designado para investigar quais os nobres que conspiravam contra D. João II, conseguindo identificar o D. Diogo, duque de Viseu e D. Garcia de Meneses, bispo de Évora.
Na sequência do desejo de el-Rei continuar a obra iniciada pelo infante D. Henrique dos Descobrimentos, escolhe novamente Pêro da Covilhã para embaixador nos tratados de paz com os berberes do Magrebe (como o rei de Fez e o de Tremecém), que convinham ao reino para convergir os esforços na odisseia marítima.
Pêro da Covilhã torna-se, entretanto, escudeiro da guarda real e casa com Catarina que em poucos meses engravida.
Missão no Oriente
Mais tarde, em 1487, D. João II envia-o juntamente com Afonso de Paiva em busca de notícias do mítico reino do Preste João e da Índia; disfarçados de mercadores e treinados por cosmógrafos régios e pelo rabino de Beja que lhes terá indicado as portas da cidadela, no Cairo, partem a cavalo a 7 de Maio de Santarém (onde estava a Corte), rumo a Valência. Atravessam o sul da Península Ibérica até Barcelona, onde chegam a 14 de Junho. Daí, uma nau os levou até Nápoles em dez dias e, daqui até ao arquipélago grego em outros dez dias. Desembarcam na ilha de Rodes, que pertencia à Ordem dos Cavaleiros de São João de Jerusalém, repousando em casa de frades portugueses.


Rodes seria a última terra cristã que pisariam. Daí, rumaram para Alexandria, no Egipto, terra de infiéis, onde compraram algumas mercadorias para o seu disfarce de mercadores. Depressa adoeceram com as chamadas "febres do Nilo", quase morrendo. O Naib, lugar-tenente do Sultão, toma-lhes as mercadorias dando-os por mortos e sem descendentes. Porém, ambos recuperam e o Naib restitui-lhes o valor das mercadorias. A partir daí tentam reproduzir o trajecto das especiarias no sentido oposto: rumo a Rosetta de cavalo e de barco ao Cairo. Juntam-se a uma caravana que, percorrendo o deserto pela margem oriental do Mar Vermelho, vai cruzar a Arábia, rumo a Adem, às portas do Oceano Índico; passam por Suez, Tor, o deserto do Sinai, Medina e Meca, a cidade sagrada do Islão, onde tiveram que fazer penitência e rezar ao profeta Maomé, para manter o disfarce.
Chegam a Adem já no ano de 1488 e aí se separam com reencontro combinado no Cairo, junto à porta da cidadela, durante o anoitecer de um dos primeiros noventa dias de 1491; Afonso de Paiva ruma à Etiópia em busca do Preste João, e Pêro da Covilhã vai para a Índia.
Pêro chega Novembro de 1488 a Calecute, um dos pequenos reinos da Índia actual. Aí terá conhecido um mercador que lhe terá explicado o percurso das especiarias; terá indicado a existência do Ceilão, de onde vinha a canela, e da Malásia, a noz-moscada, e o papel de Calecute em todo o processo: era aqui que afluíam as especiarias, prontas para embarcar rumo ao Mar Vermelho (e, posteriormente, para Veneza).
Na sede de melhor saber, Pêro visita Cananor, Goa e Ormuz, na costa do Malabar, confirmando que o movimento comercial era, de facto, inferior ao de Calecute.
Em Dezembro de 1489 parte Pêro da Covilhã de Ormuz rumo à costa oriental de África. Visita Melinde, Quiloa, Moçambique e, finalmente, Sofala, registando os entrepostos comerciais dos mouros. Pêro da Covilhã regista, assim, que uma vez dobrado o fim da África (mais tarde designado do Cabo das Tormentas), bastará atingir Sofala ou Melinde e facilmente se alcançará Calecute. Será com base nesta anotação que Vasco da Gama decidirá atravessar o Oceano Índico directamente para Calecute, na sua pioneira expedição marítima à Índia.
A 30 de Janeiro de 1491, Pêro da Covilhã dirige-se às portas da cidadela do Cairo, conforme combinado e, em vez de Afonso de Paiva, encontra o Rabi Abrahão (o rabino de Beja) e um outro judeu português, José de Lamego, que lhes comunicam que Afonso de Paiva teria falecido ali no princípio do mês, mas que falecera de peste sem poder contar as suas viagens ou aventuras, da notícia do nascimento do seu filho, que Catarina baptizou de Afonso, em homenagem ao rei, e do feito de Bartolomeu Dias, que tinha dobrado o Cabo das Tormentas, agora designado Cabo da Boa Esperança. Mas el-Rei D. João II teria pedido ao Rabi Abrahão que fosse confirmar a importância de Ormuz, segundo relatos de José Lamego, que desconhecia que importante era Calecute, e não Ormuz.
Assim, Pêro redige o relatório para o rei, que seria entregue por José Lamego, e parte para Ormuz com o Rabi. Aí, Pêro da Covilhã deixa o Rabi e regressa a Adem, para saber notícias do Preste João, já que Afonso de Paiva não as pôde comunicar. Daí toma um barco até Zeila, mas a sul, já na costa da Etiópia.
Rico e bem acolhido pelo imperador Alexandre, descendente do Preste João, ali casou e teve filhos, vindo a morrer muitos anos depois. Constatou que afinal o mítico reino não era mais senão um pobre povo que tentava evitar ser esmagado pelos vizinhos muçulmanos — não poderia valer Portugal de qualquer ajuda, mas sim eles que teriam que ser ajudados na luta contra os infiéis.
Impedindo de sair por Nahu, irmão e sucessor de Alexandre, que entretanto morrera inesperadamente, e que alegava o costume de não deixar sair os forasteiros que entrem no reino, recebe terras do soberano e aí se fixa como senhor feudal, casando novamente e de quem teria numerosa descendência.
Com a morte de Nahu, em 1508, Pêro da Covilhã é mantido como conselheiro régio da nova rainha Helena. É por sua indicação que a rainha envia o embaixador Mateus a Lisboa, acompanhando dois frades portugueses que ali apareceram, e de quem viria Pêro da Covilhã a saber da morte de D. João II, da ascensão de D. Manuel I, e dos sucessos de Vasco da Gama e Pedro Álvares Cabral.
Recebeu, entretanto, a visita de alguns portugueses a quem terá dado notícias importantes. É, em 1521, encontrado pelo embaixador D. Rodrigo de Lima. O relato das suas viagens foi enviado ao padre Francisco Álvares pelo próprio Pêro da Covilhã, que o publicou na Verdadeira Informação das Terras do Preste João das Índias, que veio a ser editada em Lisboa, em 1540.

(fonte: wikipedia)

Sobre o titulo deste blogue

Sempre achei que o titulo de um blogue deveria dizer algo sobre o seu autor.
Então pensei muito sobre o nome a dar ao meu blogue. Pensei e pensei... tive duas ou três ideias mas os nomes já estavam a ser utilizados.
Então pensei em usar o meu nome no blogue mas a fazê-lo tinha de o associar a alguém ou algo enorme (assim como o meu EGO). Pensei mais um pouco e os únicos Adrianos famosos de que me lembrei foi um Imperador Romano
do inicio da era cristã e um macaco (lembram-se do BIG SHOW SIC?).


Enfim para dizer que apesar da referencia à muralha que o referido Imperador construiu em Inglaterra não vou abordar aqui história ou arquitectura vou apenas tentar falar daquilo que gosto.



Até breve